O pûs é uma
secreção de cor amarelada, esbranquiçada ou esverdeada que sai das feridas
quando muito infeccionadas. O polvo é um animal marinho que possui oito braços
com ventosas que servem para agarrar a sua presa e estrangula-la. É pensando
nisso e em alguns sentimentos amorosos mal resolvidos que surgiu Octo.pûs.
Um homem polvo
que prende um corpo querendo dar um abraço. Sem noção da força, machuca, deixa
feridas, marcas inflamadas que gritam em silêncio. É tempo de dizer adeus ou
algo parecido. E como dizer este adeus com a saliva colando duas bocas? O que fica é
apenas a saldade, como água do mar,
bem salgada.
O ser sozinho
arruma as suas malas. O ir requer coragem e desconforto, assim como o deixar.
Quem vai, tem no coração a pressa, a ânsia, o impulso, o medo, a insegurança, a
novidade, o incomodo. Ir para longe. Receber o amor de outros que não o seu, e
se deixar ir.
Quem fica nem
sempre espera e quem vai nunca está só.
O meu pensamento
em você, que mesmo de longe me deu uma filha cheia de braços que quer agarrar o
mundo.
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