Chá das 17h

Ingrid Machado

Ingrid Machado: Atrizteza, só que não. ingridmachadu@hotmail.com

domingo, 29 de julho de 2012

SÓ PARA BIXINHOS I


5 patinhos foram passear
O gordinho descobriu como é bom dar cambalhotas
A mamãe gritou: Meu Deus o que será, será!
E quatro patinhos voltaram a andar

4 patinhos foram passear
O menorzinho curioso viu num sei que lá
A mamãe gritou: Vem cá! Vem cá!
E três patinhos voltaram a andar

3 patinhos foram passear
O mais feinho foi se cortar
A mamãe gritou: Buá buá
E dois patinhos voltaram de lá

2 patinhos foram passear
O do meio correu com a bufa do gambá
A mamãe gritou: Essa foi pra se lascar!
E um patinho voltou de lá

1 patinho foi passear
Olhou para a mãe e pôs a falar:
“Mamãe querida eu não sou pato sou sabiá”
E bateu as suas asas para um galho de Jatobá


Puxa, a mamãe patinha ficou tão triste naquele dia
“Por quê? Por quê? Por quê?” pensou a coitadinha.
Mas essa história vai ter um final feliz, sabe por quê?

A mamãe patinha foi procurar
As repostas além das montanhas e caiu no mar
A mamãe gritou: Vou me a-f-o-g-a-r!
E descobriu que
resposta de quem vai
é não querer ficar.


(texto criado no curso de Laboratório da Escrita ministrado por José Silvério Trevisan)

terça-feira, 24 de julho de 2012

segunda-feira, 23 de julho de 2012

I can't forget the boy with stars in his eyes.


Me deixa passar por suas veias, sair no teu suor, brincar de escorrega nas tuas lágrimas. Me deixa entrar no teu corpo e ficar ao teu lado, na frente, atrás.
E se não fosse pedir muito, por favor, não me deixa em paz.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Yes!


É mais ou menos assim ó:
Eu estou sem fazer nada e fico passando a agenda telefônica do meu celular, aí tem uma hora que eu paro em um nome, enrugo a testa, passo dois segundos suspensa me questionando "Fulaninha?". Nisso, tem vezes que eu me pergunto de novo, mudando a entonação "Fulaninha?" e mais dois segundos. Aí quando não lembro de jeito nenhum quem é Fulaninha, eu deleto, quando não falo com Fulaninha eu deleto e quando Fulaninha não é mais alguém para mim, eu deleto. É bem assim.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Vaca amarela.


As vezes me sinto animal encurralado, que precisa se deixar abandonado em qualquer pasto para ir pastar. Adoraria me debandar, correr em minha forma natural. Águas precisam rolar! E rolam, pelos olhos, pelo corpo ferido, pelos espinhos na pele.
Meu corpo precisa do cheiro de mato e toque de urtiga.

domingo, 15 de julho de 2012

Chão de giz.



O céu me deu de presente duas estrelas, para que os meus olhos tivessem a quem admirar.

Fiquei com duas estrelas no lugar do teu olhar.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Milk.


Preciso desabafar...
Sou mulher sem merda de "m" maiúsculo ou minusculo, sou mulher porque nasci assim e por mais que tenha passado boa parte da minha vida querendo ser um homem e me perguntando porque não nasci um eu me conformei, me aceitei e hoje agradeço por não ter um pinto no meio das pernas ou muitos pêlos e muitos pêlos espalhados por todo meu corpo.

Sou mulher e falo alto mermo, bebo mermo, falo caralho mermo, falo sobre o caralho mermo e é assim que tem que ser! Sou dessas que não espera por cavalheiro porque quem monta na porra do cavalo sou eu, quem vai a caça sou eu, quem volta com o leão que mato todos os dias sou eu! E por mais que as vezes, como eu disse: as vezes, eu fique me queixando de tomar atitudes ditas de "homem" eu gosto, não que eu seja independente, não que eu seja a nova mulher do século, não que eu seja 100% influenciada por essa onda de "do it yourself", eu gostaria de ter um homem que me fizesse sentir uma dama, mas não é porque eu coloco as pernas em cima da mesa e tomo a minha cerveja no gargalo que eu deixo de ser uma.

Sou mulher até no perfume.
Só sente quem tem faro! E eu adoro um animal!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Amém!


Nada que é teu me toca mais.
Nem você, nem teu perfume, nem tua presença.
Nada que é teu me toca mais.
Nem a sua falta, nem a saudade e muito menos no meu coração.
Graças a Deus!

terça-feira, 10 de julho de 2012

:)


Fui ensinada a devolver as coisas que me dão, nunca ficar com algo que não é meu.
Se alguém me xinga eu xingo de volta, se alguém agradece eu digo "de nada", se alguém me lança um sorriso eu prontamente dou outro de volta!

domingo, 8 de julho de 2012

Chegar chegando.


Minha arte é feita de feridas. Gosto dos cortes e sangue, gosto de saliva seca e céu da boca sem luar. Gosto de adagas, corações e destroços. Gosto da casca da laranja, do jogo de impaciência e números impares.
Fui feita para ser remendada e atirada a leões. Meu grunhido é de medo, é de vitória, é silencioso. Chego mansa como cobra e beijo sem dentes. Chego sem ser notada, chego em carne viva, chego descalça.
Eu chego, espumando de vontade em devorar o mundo com o meu corpo pequeno e dedos solitários. Eu chego.

I'm unclean, a libertine.

Escutava Placebo, The Clash, The Verve, Coldplay, Dido e outras músicas soltas.
Ainda as escuto, mas sem a mesma necessidade, sem a mesma urgência, sem a mesma intensidade.
Tem música que é como um murro: dói, me deixa fraca, mórbida.
A garota de 14 pra 15 anos que choramingava pelos cantos da casa só deixou seu vulto.
Vulto não se pega, se sente.
Ela ainda está aqui e daqui ela não sai, porque eu não deixo.

Churi Churin Fun Flais.


Olhar para trás me faz bem.
Hoje, estou pronta para os anos e vou ao seu encontro aos saltos, serelepe sempre.

Pó có tó.


Tenho caprichos de mau humor e vontade que sobra, devo admitir que essa mistura sempre me dá ressaca. É como pirulito sem chiclete ou sapato sem meia. Incomoda. Eu quero a melhor parte da história e ela nunca chega...
Sabe o que eu acho? Que vindo de jegue era mais rápido!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

TôTô.


Tô sim, tô não, tô nem aí, tô querendo, tô comprando, tô comendo, tô off, tô bem, tô legal, tôdo certo, tô vestida, tô sozinha, tô admirando, tô sentindo, tô indo, tô por aqui, tô toda toda, tô respondendo, tô dançando, tô na rua, tô de mala e cuia, tô digitando, tô sorrindo, tô nesses dias, tô dramática, tô matando a barata, tô te ligando, tô criando coragem, tô como uma onda no mar, tô chegando.
Tô assim e tô assado.

Te quiero.


Eu estou assim, meio que me olhando no espelho e descobrindo novas pintinha no meu corpo, contando os pêlos dos meus braços e achando lindo o meu olhar perdido.
Estou cada dia que se passa me admirando, me querendo e me respeitando.
Se isso não é amor, porrã, não sei que outro nome dar.

domingo, 1 de julho de 2012